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Foto do escritorPsi Gabriela Leite

Fiquei doente, e agora?

Vivemos em uma sociedade onde, culturalmente, é normal trabalhar doente. Estudos apontam que algumas pessoas o fazem por se sentirem pressionadas a seguir com o cotidiano normalmente. Isso acontece porque existe um sentimento de culpa instaurado na nossa cultura. Só que, no momento de agora, uma doença foi exatamente o que nos forçou a pausar atividades. . Na semana passada, quando a quarentena foi iniciada, muitos conteúdos começaram a surgir nas plataformas online ao mesmo tempo que as pessoas começaram a levar, dentro do possível, seus trabalhos para casa. Mas tudo direcionado para aquela pessoa que estava bem de saúde. Ninguém estava falando sobre como é estar em isolamento domiciliar. . Isolamento domiciliar, para o paciente, é quando ele permanece em um quarto isolado, bem ventilado e sem divisão com outros membros da família; limitando movimentação pela casa e sem receber visitas. Essa medida está sendo implantada pelo Ministério da Saúde para garantir uma manutenção de serviços de saúde e possui duração de 14 dias – tempo no qual o vírus pode permanecer em atividade no corpo humano. . O isolamento tende a despertar uma vulnerabilidade às emoções e, quando você está doente, você também se encontra fragilizado. Por isso, esse post de hoje vai para aqueles que estão doentes e resguardados em suas casas por conta da quarentena. Se você tem trabalho para fazer e não consegue acompanhar o ritmo, tudo bem. Agora é hora de pausar. . Atualmente, as pessoas possuem uma relação com o trabalho sem identificar seus limites. É nesse contexto que a Síndrome de Burnout, distúrbio psíquico de caráter depressivo, tem aumentado seu número de incidência. Ela se propaga, de forma geral, quando o trabalhador se encontra em um estado de esgotamento físico e mental advindo de sua vida profissional. . Pausar uma sociedade que está em constante movimento pode, talvez, ser uma das partes mais difíceis do nosso contexto. Parar é quase um tabu. É quando entra a auto cobrança, a comparação social, as exigências das expectativas dos outros e a frustração própria do indivíduo de não estar conseguindo produzir tudo aquilo que gostaria. Mas está tudo bem.

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O momento agora é de você se cuidar e entender que confiar no seu corpo é fundamental. O que tivermos para oferecer de dentro do nosso desejo de trazer o melhor, vai nos levar para mais perto de onde precisamos estar. É só dar tempo ao tempo para tudo passar.





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